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Os desafios climáticos no Pantanal e suas consequências nas colisões com animais silvestres nas estradas de MS

O baixo nível dos rios do Pantanal estão inviabilizando o uso da Hidrovia Paraguai-Paraná como alternativa de escoamento de produção na região, aumentando o fluxo de caminhões nas rodovias.

Desenvolvido pelo ICAS – Instituto de Conservação de Animais Silvestres, o projeto “Bandeiras & Rodovias”, vem realizando o monitoramento das rodovias estaduais de Mato Grosso do Sul (MS) desde 2017, onde além de realizar um diagnóstico de colisões veiculares com fauna silvestre, a iniciativa também propõe ações de educação ambiental e desenvolve propostas de mitigação, cujo o objetivo é promover a coexistência entre as espécies, proporcionando assim, um ambiente mais seguro para todos.

Parte dessa iniciativa consiste em alertar e dialogar com os mais diversos setores envolvidos com o transporte viário, como, por exemplo, os motoristas, caminhoneiros, transportadoras, concessionárias de rodovias, empresas que realizam escoamento da produção por rodovias, entre outros.

Com isso em mente, em parceria com a Fundação do Meio Ambiente do Pantanal de Corumbá, o IBAMA e as mineradoras Vale e Vetorial, duas grandes empresas que atuam na extração de minérios, realizou , neste mês de julho, o ICAS realizou palestras para os funcionários, terceirados e colaboradores dessas mineradoras, que sinalizaram o interesse em atuar de forma conjunta para minimizar os impactos do transporte da produção e oferecer mais segurança para seus funcionários, prestadores de serviço e para a conservação das espécies da fauna silvestre.

ICAS promove ações de conscientização sobre o perigo das colisões para a fauna e para as pessoas.

A equipe do ICAS alerta que o ano de 2020 foi marcado por ser o maior período de seca nos últimos 50 anos no Pantanal e que neste ano já tem sido registrado um aumento significativo nos focos de incêndio, uma situação que causa preocupação e deixa em alerta diversos setores da sociedade. Os desafios climáticos na maior planície alagável do planeta afetam não só o ecossistema, mas também interfere direta e indiretamente na economia da região.

Tamanduá durante a temporada de seca no Pantanal – Foto: Philip Morton/ Creative Commons

Com um longo período de estiagem, os níveis dos rios ficaram abaixo da média e fizeram com que essas empresas, que atuam na exploração de minérios na região de Corumbá (MS), procurassem alternativas para realizar o escoamento de suas cargas, que até então eram realizadas pela Hidrovia Paraguai-Paraná. Com isso, houve um aumento do fluxo de veículos de grande porte, sobretudo na BR-262, e consequentemente, o número de colisões com a fauna silvestre também tiveram uma crescente significativa em MS.

A iniciativa de conscientizar e promover a educação ambiental para a conservação das espécies e também de promover a segurança viária, faz parte da 2ª etapa do projeto executado pelo ICAS e tem sido realizada em diversas regiões do estado, onde as equipes buscam parceiros para atuarem de forma conjunta nas ações de mitigação dessa problemática, conscientizando a todos sobre a importância de minimizar os impactos dessas colisões que colocam em perigo a vida dos animais e das pessoas.

Quer saber mais sobre o projeto “Bandeiras e Rodovias”? Acesse www.tamanduabandeira.org e tenha mais informações sobre a iniciativa, dados coletados e também as ações que vem sendo feitas com o apoio de diversas instituições e empresas.

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