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Pesquisadora do ICAS que estuda as dimensões humanas na conservação do tamanduá-bandeira e do tatu-canastra ganha bolsa de estudo do Chester Zoo

As ameaças à biodiversidade estão profundamente relacionadas com aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais dos contextos em que ocorrem.

A bióloga e pesquisadora, Mariana Catapani, responsável pela área de Dimensões Humanas da Conservação nos projetos executados pelo Instituto de Conservação de Animais Silvestres (ICAS), se tornou a nova bolsista de conservação do zoológico de Chester, no Reino Unido, que tem como objetivo apoiar o seu trabalho de investigação do comportamento humano e a sua relação com a vida selvagem.

Mariana explica que o zoológico de Chester, que é um importante parceiro e financiador dos projetos executados pelo Instituto, ofereceu essa bolsa para que ela possa dar continuidade no seu trabalho e atuar especificamente com pesquisa e implementação de ações na área de Dimensões Humanas dentro das iniciativas realizadas pelo ICAS.

“Aproxime-se o suficiente de qualquer projeto de conservação no mundo e você descobrirá que o comportamento humano está no centro da questão. Essas condutas podem ser as formas essenciais de atendermos às nossas necessidades, ou simplesmente atos e hábitos inconscientes que fazem parte do nosso dia a dia. Há sempre algo a resolver. Por isso, estamos extremamente felizes com essa parceria, pois ela também significa uma grande oportunidade de capacitação para todo nosso time”, disse a pesquisadora que também faz parte do Grupo de Especialistas em Conflito e Coexistência Humano-Fauna, da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).

Mas o que são Dimensões Humanas da Conservação? 

A conservação como prática é necessariamente múltipla e interdisciplinar. As ameaças à biodiversidade estão profundamente relacionadas com aspectos sociais, políticos, econômicos e culturais dos contextos em que ocorrem. Isso vem exigindo uma transformação de toda a abordagem da comunidade conservacionista: deixar de olhar só para o lado do animal/do ambiente e direcionar um olhar atento para as relações humanas. Essa compreensão pode direcionar ações que promovam uma coexistência mais harmônica entre as pessoas e os animais silvestres. 

Por isso, quando falamos em conservação de tamanduá-bandeira, nós buscamos envolver diversos setores da nossa sociedade, como empresas de transporte, silvicultura, mineração, e estabelecer parcerias com órgãos públicos. Além disso, é preciso ouvir e envolver motoristas que trafegam nas rodovias do país, até para entender as angústias e os anseios dessas pessoas. Para proteger o tatu-canastra vem sendo preciso abrir canais de diálogo com apicultores, pecuaristas, empresas de diferentes ramos e muito mais. Essa abordagem holística e integrativa nos permite realizar um trabalho mais ecologicamente eficaz e mais socialmente justo. 

Em breve vamos contar um pouco mais desse trabalho, onde a coexistência é possível!

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